quando o momento de ficar calado passa,
você nada mais tem a dizer.
já disse aquilo que não queria,
ou na verdade, não queria querer.
é aquela antiga história da flecha.
você já atirou.
não pode voltar atrás.
a menos que recebesse dos anjos
a velocidade dos pássaros e se jogasse adiante,
para sangrar você com ardor e lágrimas.
diante da guerra, como imploraríamos,
deixe sofrer eu, com aquilo que eu disse.
mas na guerra, nada poderia ser assim, tão fácil.
diante do atirar impensado
resta rezar que o alvo,
doce encanto, muitas vezes,
seja sólido e misericordioso
como uma árvore.
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