vejo com clareza a distinção
entre o belo dia que surge diante de meus olhos
e o inferno que me trava internamente.
de nada me adianta o sol, as nuvens, os pássaros e as estrelas.
posso reconhecê-los,
mas dentro de mim, a raiva é iminente.
o conflito do guerreiro, que luta inutilmente.
contra o quê? ele não me diz.
mediana ou estupenda seja a fisiologia de enxergar,
a paisagem não entra pelos olhos.
por que não posso, sem adornos, me embebedar
com a seiva de uma acácia,
com o doce balançar do vento?
é a (maldita) capacidade da mente
de se auto intitular suficiente,
enquanto carpa a existência capenga,
rumo a própria destruição.
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