Eu não esperava que John chegasse aquela noite.
Eu estava em casa pela manhã quando o telefone tocou. Caminhei pela sala até chegar ao telefone, contornando a mesinha de vidro. “Alô”, falei sem grandes expectativas. No entanto, a voz que seguiu do outro lado da linha fez meu coração parar por alguns instantes.
“Jane.”
Era ele. Senti as pernas tremerem, os braços ficaram tão flácidos que quase deixei o aparelho telefônico cair no chão. Não conseguia pensar, a vertigem veio com toda força; raciocinar estava fora de questão naquele momento.
“Jane?” A voz repetiu, num tom de interrogação.
Fechei os olhos, tinha me concentrar para voltar a respirar, ou então desmaiaria. Sentei-me no sofá florido e, de fôlego recuperado, pelo menos o bastante para não desfalecer, respondi:
“Olá, John”.
30 de junho de 2010
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